quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Felicidade: Encontrei com Dona Zezé

Fui no Nordestão hoje pela manhã. Queria comprar uma camisa do novembro azul. O povo que vende não estava lá. Fiquei de voltar na hora do almoço. Encontro com Wagner, meu treinador de voley da época do colégio das Neves e, é logico, além de um abraço afetuoso, reclamou da minha barriga, bem mais saliente com o tempo.
Descendo a escada rolante encontro com ela: Dona Zezé. Maria José da Costa Delgado. Uma das criaturas mais incríveis que já conheci. Uma inteligência e humor raros. Um carinho por mim e por minha família desde os tempos de vizinhança no Barro Vermelho e que com o passar do tempo parece que só aumenta.
Entre as diversas qualidades de Dona Zezé, onde a bela voz é campeã, destaco ainda que ela é mãe de Magnus. Sem nenhum desmérito pessoal a Liane e Ângelo, mas "Gnus" é, assim como a mãe, fora de série, daqueles que a gente gosta de graça (falamos inclusive disso: da tietagem que temos com Magnus eu, a desembargadora Maria Zeneide e meio mundo de gente).
É o tipo de encontro que a gente ganha o dia. Saí de lá com a alma cheia de alegria, com vontade de sorrir, com a certeza de que vale a pena viver e ser feliz. Além das perguntas: Como vai Beltrano, como vai Cicrano, conversamos o que? Nada demais. Rimos, rimos muito da vida. Da magia de estarmos vivos e com saúde. Marcamos um encontro pra tocar um violão e tomar umas. Não sei nem se vai acontecer, mas o simples fato de marcar alguma coisa com Dona Zezé já me dá alegria.
Mas vou torcer para acontecer, pra relembrar os velhos tempos de Pirangi, das serestas ao luar, ou mesmo do violão tocado debaixo da rede de Ângelo sendo embalado na Pacífico de Medeiros. Quem não dormiria ao som da magistral voz da mãe cantando a canção que fez pra ele: “Ele é o meu tesouro, pedaço tão bom que nasceu de mim” e mais na frente a declaração de amor maternal: “...Seu choro sentido, machucava em mim. E logo eu corria, que pressa perdida, nada era enfim. No entanto eu sentia, que aquele menino, chorava por mim”.

A alegria é sim Dona Zezé o nosso maior tesouro nesta vida. Ser alegre é quase que uma obrigação divina. Falando nisso, e como com a gente tudo acaba em música, fico com a lição da banda Cidade Negra, que inclusive levo tatuada em meu corpo para não esquecer: “Deus é a vontade de estar feliz”. Dona Zezé é feliz.