sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

BEM ACUNHADO


Quem já namorou com uma menina que tinha um irmão, ou é irmão de uma menina que arranjou um namorado já ouviu a piadinha infame.
___ E ai, você gosta de fulano? Quer bem acunhado?
Ou considera o cunhado ou toma conta da retaguarda.
Brincadeira com cunhado é assim. E fazia tempo que eu não era vítima desse trocadilho sem graça. Em 2010 encontrei, graças a Karla, um novo cunhado. Mas devido a excessiva adiposidade recíproca,a brincadeira de acunhar ficou fisicamente impossível entre eu e Cristiano.
Ai vem Soraya e me coloca de novo nessa roda – roda, acunhar... isso não vai dar certo. Wilton é o acunhado, ou o acunhador da vez, dependendo de quem de nós responderá a pergunta.
Outra coisa sobre cunhado é a máxima de que cunhado não é parente, embora alguns insistam que esse vínculo de parentesco afim seja eterno, ou seja, uma vez acunhado, digo, cunhado, sempre cunhado. Para esse problema a solução é simples: Se o cara for do bem, é cunhado querido, da família, quase sangue; se não for legal, é problema da irmã, ainda bem que não corre nessas veias sangue familiar.
E assim segue a saga do cunhado, coitado, que além de aguentar a irmã, ainda tem que aturar as brincadeirinhas como a do começo do texto e o próprio cunhado que mal conhece o novo membro da família e já quer ter a intimidade de parente de infância.
É tapinha nas costas, cutucão no ombro pra repetir pela quarta vez a mesma história sobre algum podre da irmã na infância e, para fechar a tarde no churrasco na praia, aquela velha declaração de amor.
___ Meu irmão! Esse cara é meu irmão. Gosto dele pra caralho. Ganhei o amigo de sangue que não tinha. Não, é sério! Amo esse cara – depois disso vem a parte pior que são os beijos na bochecha do coitado do cunhado que, se não acunhado, está acanhado ou acuado.
Wilton meu querido, não posso finalizar este texto sem a famosa pergunta: Você quer bem acunhado?
Seja bem vindo cunhado ao coração de minha irmã. Enquanto nele fizer morada, mora no meu. E que esta morada tenha no mínimo a eternidade Viniciana.
 Mas acho melhor deixar esse negócio de acunhação pra lá. Não temos mais idade nem jeito para isso.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013


Comecei colaborando em alguns jornais de Natal, mas nunca consegui ter uma coluna.
Depois de um tempo, passei a escrever em um site de música (inforeggae). O site saiu do ar e fiquei sem coluna. Consegui espaço no site do músico Da Ghama (ex Cidade Negra), mas não demorou muito tempo e o site foi reformulado. Sem coluna novamente.
Finalmente consegui uma coluna fixa no site da Diginet durante alguns anos e... Advinha o que aconteceu? O site tirou a coluna do ar (a minha só não, a de todos os colunistas). Sem coluna mais uma vez.
Sabe de uma coisa? Cansei. Vou logo assumir que não tenho coluna. Que sou um invertebrado das letras.
Por isso estou aqui. Sem coluna, mas de corpo, alma e principalmente coração. Agora só deixo este espaço se vocês não lerem meus textos. Vão fazer isso não, né?
Sejam bem vindos, voltem sempre e, por via das dúvidas, saiam não.